Alguém lembra do caso dos brasileiros mortos em Fukui, em 1997? Hoje o jornal local de Fukui relembrou a história. O japonês Yoshizumi Ishikawa, 32, condenado à prisão perpétua pelo crime, tentou recorrer da sentença mas teve o pedido negado pelo Tribunal Superior.
O crime aconteceu no dia 11 de abril de 1997. Ishikawa matou o casal Carlos Alberto Osako e Masayo Fujiharu, ambos com 30 anos de idade, depois de receber deles uma quantia no valor de ¥ 300 mil (R$ 6.567) para abrir uma empreiteira. O corpo deles foi abandonado em uma montanha de Maruoka (Fukui).
O caso veio à tona cinco dias depois, quando os corpos foram descobertos. A Polícia de Fukui prendeu Ishikawa, que era o chefe das vítimas. Apesar de negar a acusação, a Promotoria descobriu que Ishikawa tentou trocar o tatame do apartamento do casal após o crime e tinha pedido ajuda dos amigos para escapar das acusações. Mesmo sem ter encontrado a prova do crime, em agosto de 2001 Ishikawa foi condenado à prisão por tempo indeterminado pelo Tribunal Regional de Fukui. Tanto a Promotoria como o réu recorreram da sentença.
O segundo processo foi realizado no Tribunal Superior de Nagoya (Aichi), que manteve a pena de prisão por tempo indeterminado. Os advogados de Ishikawa haviam levado a causa ao Tribunal Superior, que também manteve a sentença.
Você sabia?
muki choueki (無期懲役) significa pena de prisão perpétua ou prisão por tempo indeterminado. No caso do Japão, o réu tem chances de sair da cadeia e receber liberdade condicional após cumprir 10 anos de cárcere, desde que preenche um critério de requisitos.