A brasileira, que está sendo procurada pela polícia como principal pessoa envolvida na morte da enfermeira Rika Okada, se entregou no Consulado do Japão em Xangai essa tarde. Ela foi entregue à polícia chinesa e é investigada por estadia ilegal.
Apesar de ter a nacionalidade brasileira, a polícia japonesa deve negociar a transferência dela ao Japão.
Um mês com o corpo em casa
O que deve ter passado pela cabeça da brasileira que passou cerca de um mês com o corpo da amiga no apartamento?
Fazendo um resumo dos detalhes fornecidos pela polícia, a enfermeira Rika Okada, 29 anos, desapareceu em março.
O corpo dela foi enviado da sua própria casa, no distrito de Nishinari (Osaka) por “takkyubin”para outro apartamento em Hachioji (Tokyo), onde vivia a amiga de infância, brasileira. Na ficha do takkyubin, estava o telefone da brasileira.
A “encomenda” foi entregue no dia 25 de março. O “trunk room” que fica a 10 minutos de distância do apartamento da brasileira foi alugado no início de abril. Tudo indica que a brasileira passou todo esse tempo junto com o corpo dentro da casa.
O corpo encontrado vestia um cardigã e apresentava sinais de esfaqueamento em várias partes do corpo. Exames de perícia constataram que as facadas podem ter sido desferidas após a morte.
Mais de ¥ 1 milhão em compras com cartão de crédito
Segundo a polícia, um cartão de crédito foi fabricado depois de abril, ou seja, depois da morte de Rika. O mesmo foi usado para pagar as despesas com o “trunk room”, passagens aéreas e compras na China, no valor de cerca de 1 milhão (R$ 21.800).
Uma vizinha da brasileira, entrevistada pela emissora TBS, disse que a jovem era tranquila e simpática, sempre cumprimentando quando a encontrava.
Por outro lado, a chinesa havia retornado ao seu país em março para trabalhar. Só voltou ao Japão depois que a “encomenda” foi levada ao “trunk room”. As duas haviam partido do Aeroporto de Haneda no dia 3 de maio com destino a Xangai.
Rika Okada, na última mensagem postada por volta do dia 20 no facebook, mas deletada
“Me aconteceu uma coisa tão horrível que meu corpo até treme de raiva”