Um dos costumes que pega os estrangeiros de surpresa logo que chegam ao Japão é a troca dos chinelos para entrar no banheiro. 

Sim, o banheiro tem o “chinelo do banheiro”, o “toilet’s slipper” ou “toire surippa”, como é pronunciado. 

Com o tempo, a gente aprende a trocar os chinelos logo ao abrir a porta do banheiro. O difícil – logo no início desse aprendizado – é lembrar de trocar ao sair. Já me ocorreu de ser lembrada por alguém que estava andando pela casa com os chinelos do banheiro. Gafes de início de Japão…

Novos tempos

Nos últimos anos, no entanto, alguns lares de japoneses vêm abolindo esse costume. 

Uma pesquisa realizada pela fabricante de produtos de higiene, Lion, constatou que 48% dos lares deixaram de usar os chinelos próprios para banheiro. 

O motivo está concepção do banheiro. Antes visto como um lugar apenas para fazer as necessidades, hoje é considerado literalmente um “restroom”, decorado com plantas, espelhos e espaço para retocar a maquiagem.

Ao contrário da aparência

Mas a pesquisa da Lion foi mais além. Ao fazer uma análise do piso do banheiro, constatou que a presença de sujeira e bactérias era muito maior quando não se trocava os chinelos.

O nível dessa sujeira chegava a ser 50% superior nos banheiros onde não havia o costume de trocar os chinelos.

Ou seja, o banheiro pode ser bonito e chique na aparência, mas o nível de sujeira invisível é maior.

Mesmo com os modernos assentos sanitários, é impossível impedir que as impurezas respinguem para o chão ou outros cantos do banheiro. O atrito produzido entre a roupa e o corpo também produz uma poeira específica que acaba servindo como alimento para as bactérias. 

E toda essa sujeira é levada para fora do banheiro, quando os chinelos não são trocados… 

 

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