Um dos motivos que levou o tufão número 19 a ficar tão forte foi a elevação da temperatura da água do mar por onde ele passou. Segundo os especialistas em meio ambiente, “se o aquecimento global continuar como está, a possibilidade de se formar tufões ainda maiores do que esse, é cada vez maior”.
Baseado nos dados da Agência de Meteorologia, o tufão 19 formou-se no dia 6 de outubro, a 1.800 quilômetros de distância da ilha central do Japão, no mar próximo a Torishima. Entre os dias 7 e 8, a pressão atmosférica despencou para 915 hPa, ganhando força repentina em menos de 24 horas. O fenômeno chamou a atenção dos Estados Unidos, que chegaram a classificá-lo temporariamente como “supertufão”.
A principal fonte de energia de um tufão é o calor da água e umidade. Geralmente eles perdem a força conforme se aproximam da terra, mas desta vez, encontraram o mar mais quente do que o normal ao redor do Japão.
Desta vez, foi o tufão 19… e os próximos? Quando o mundo vai acordar para a questão do aquecimento global? Imagine se algo acontece durante as Olimpíadas de 2020. E o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, nem deu as caras no último Painel da ONU sobre Mudanças Climáticas. No lugar, enviou o ministro do Meio Ambiente, Shinjiro Koizumi, que despertou risadas quando disse que o movimento para mudança climática era “sexy” e “cool”… Sem comentários.
Cinquenta mortos
O número de vítimas do tufão número 19 vem subindo a cada dia. Até às 15h de hoje, o jornal Mainichi havia contabilizado 50 mortos em 11 províncias:
- Fukushima: 14
- Kanagawa: 12
- Miyagi: 8
- Gunma e Tochigi: 4 (em cada)
- Saitama e Iwate: 2 (em cada)
- Miyagi, Nagano, Chiba, Shizuoka: 1 (em cada)
Outras 18 pessoas continuam desaparecidas em 11 províncias.
Cerca de 38 mil pessoas que perderam suas casas ou não podem voltar, continuam nos abrigos de emergência, em 16 províncias, mais a capital Tokyo.