Faz 25 anos. O terremoto de M7.3 que alcançou o nível máximo de 7 pontos na escala japonesa, tirou a vida de 6.434 pessoas em Kobe (Hyogo) e arredores. Mais de 250 mil construções foram destruídas e o prejuízo econômico passou de ¥ 10 trilhões (R$ 369 bilhões). Apesar de todas as perdas, por mais doloridas que tenham sido, esse Terremoto de Hanshin-Awaji (veja o vídeo abaixo), como foi batizado, também deixou seus legados.

Voluntariado

O ano de 1995 entrou para a história do Japão como o 1º Ano do Voluntariado. Na época, 1,67 milhão de pessoas se dedicaram a ajudar as vítimas do terremoto. Mais tarde, em 2011, esse número de voluntários cresceu muito mais, totalizando 5,50 milhões de pessoas. Hoje, o serviço de voluntariado cobre todo tipo de desastres naturais, desde tufões, enchentes a incêndios.

Construções mais fortes

Depois do Terremoto Hanshin-Awaji, todas as construções novas no Japão, sejam de edifícios, estradas ou pontes, foram obrigadas a oferecer estrutura para aguentar tremores acima de 6 graus na escala japonesa.

 

Torneiras

Antes, as torneiras no Japão eram feitas para parar a água, levantando a alça para cima. Com o terremoto de 1995, quase todas as casas atingidas tiveram problemas de vazamento de água, porque os objetos caíram sobre as torneiras, deixando-as abertas. Nas torneiras atuais, para parar a água, é preciso baixar a alça.

Bomba de gás

Com o fornecimento de gás interrompido, a maioria das pessoas precisou usar aqueles fogões com bombas de gás. Mas a variedade de tamanhos e formatos na época dificultou o uso. Em 1998, as fabricantes decidiram unificar os modelos.

Resgate

Acredita-se que cerca de 500 pessoas poderiam ter sobrevivido na época, se a infraestrutura de emergência nos hospitais estivesse funcionando de forma adequada. Atualmente, as equipes de emergência são formadas por 5 pessoas (1 médico, 2 enfermeiros, 2 assistentes) e o sistema permite permanecer até três dias nas áreas afetadas. Os Bombeiros também criaram unidades de elite para socorrer em situações semelhantes.

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Depois do Terremoto Hanshin-Awaji, vieram outros, como o do Leste do Japão (2011), Kumamoto (2016) e Tottori (2018). Sem falar das fortes chuvas e tufões, como esse último, de número 15, que causou um grande estrago no outono passado. Como dá pra perceber, o Japão é castigado constantemente pela Natureza, mas a cada prova, mais lições vai aprendendo, e mais vidas são salvas.

É terrível pensar que em algum dia do futuro podemos nos deparar com algum terremoto mais forte, mas que toda essa experiência do passado possa servir de lição.

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