O Japão se vê diante um grande dilema: adotar estratégias drásticas para conter o coronavírus ou cuidar para não esfriar demais sua economia. É grande a expectativa para o 2º pacote de medidas para combater o coronavírus que será anunciado no dia 10 pelo primeiro-ministro Shinzo Abe. Alguns dizem que o 1º, que incluiu o cancelamento de aulas e eventos, não chega aos pés do que é realmente necessário para conter o surto do covid-19 no país.

Assistindo os noticiários, vemos a oposição exigindo mais ajuda para salvar as empresas, enquanto outros pedem que o governo dê prioridade para o desenvolvimento de medicamentos e apoio médico.

Se for seguir a lógica, o mais inteligente seria priorizar o combate ao vírus, por mais que isso afete a economia. Mais para frente, o resultado será positivo. Para as pequenas e médias empresas em dificuldades, o governo já anunciou que os empréstimos serão facilitados. 

O que espanta é essa falta de agilidade em descobrir e limitar os contágios dentro do país, medidas mais duras, exames mais ágeis e a ausência de quarentena ou medidas a todos que tiveram contato com focos de risco.  

Quanto mais tempo demorar o período com eventos cancelados e as empresas paradas, mais a situação econômica se agravará. Ninguém quer isso. Muito menos o cancelamento das Olimpíadas. Aí sim, o desânimo será total.

Vamos torcer para que nos próximos dias, os casos comecem a ser contidos. E que até lá, a produção nas fábricas seja retomada na China. Antes disso, vamos aguardar o conteúdo desse 2º pacote do governo, no dia 10. Que seja bastante efetivo! 

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Números no Japão (manhã do dia 8)

Províncias com mais vítimas

  • Hokkaido: 98
  • Aichi: 70
  • Tokyo: 64
  • Kanagawa: 41
  • Osaka: 41
  • Chiba: 21
  • Wakayama: 14
  • Hyogo: 11
  • Kochi: 10
  • Kyoto: 8

Crédito: Universidade Johns Hopkins

 

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