A mesma doença que ocasionou a saída de Abe no 1º mandato, voltou a protagonizar o fim do governo mais longo da história política do Japão

(28 de agosto de 2020)

Ao anunciar a renúncia do cargo hoje, o primeiro-ministro Shinzo Abe citou como motivo o comprometimento da sua saúde, devido a uma colite ulcerosa, que poderia impedi-lo de tomar as decisões corretas como um líder político. 

Colite ulcerosa, chamada em japonês de “kaiyousei daichou-en” (潰瘍性大腸炎) é uma doença que causa inflamação e úlceras no intestino grosso e no reto. Provoca:

  • dor abdominal
  • diarreia
  • hemorragia  

É mais comum no Ocidente, mas no Japão, cerca de 220 mil pessoas fazem tratamento para a doença. Os motivos ainda são desconhecidos, mas os pesquisadores acreditam que a origem esteja relacionada a fatores genéticos e alimentação.

Em setembro de 2007, Abe havia renunciado ao seu primeiro mandato justamente por causa de uma crise de colite ulcerosa. Depois disso ele fez um tratamento e havia melhorado. 

Em casos graves, a colite ulcerosa pode causar também:

  • febre
  • perda de peso
  • anemia
  • anomalias na pele, juntas e olhos

O tratamento é feito à base de medicamentos e em casos extremos, é necessário uma cirurgia para a retirada da área afetada. 

Se a doença persistir por mais de dez anos, há risco de desenvolver câncer. 

O mais longo governo do Japão

O primeiro-ministro Shinzo Abe permaneceu 2.799 dias no cargo – 7 anos e 8 meses ao todo, tornando-se o governo mais longo da história política do Japão. 

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