Recentemente a mídia internacional tem repercutido os testes com o medicamento Avigan na China para combater a ação do coronavírus. Desenvolvido pela fabricante japonesa Fujifilm Holdings, o remédio foi testado em cerca de 240 pacientes em Wuhan e em 80 de Shenzhen. 

O diretor do Centro Nacional para o Desenvolvimento de Biotecnologia da China, Zhang Xinmin, disse que as pessoas infectadas pelo covid-19 que foram tratadas com Avigan conseguiram eliminar o vírus em quatro dias. Aqueles que não recebiam o medicamento levavam 11 dias em média.

Criado há alguns anos para tratar pacientes com influenza, o Japão tem um estoque de Avigan para atender 2 milhões de vítimas de influenza. Mas o Avigan nunca é a primeira opção receitada pelos médicos. Ele é usado somente quando os outros remédios não surtem efeito. Um dos motivos está nos efeitos colaterais.

Quando consumido por gestantes, há risco de causar deformações no feto. Dessa forma, não é recomendado às gestantes, mulheres em fase de amamentação e com chances de engravidar. Também não é recomendado aos homens com planos de ter filhos, pois o Avigan pode ser transmitido pelo espermatozoide. 

Os efeitos colaterais incluem ainda risco de hepatite, lesão renal aguda e a síndrome de Stevens Johnson (um tipo de reação da pele a medicamentos). 

Enquanto alguns hospitais universitários do Japão também avaliam o tratamento com o Avigan – apesar dos riscos – o governo japonês pediu a uma equipe de cientistas para testar outro medicamento, o Alvesco. Esse último é vendido em forma de inalador em farmácias para combater crises asmáticas. 

Há relatos de alguns pacientes que melhoraram após serem tratados com o Alvesco. O esteroide inalado foi capaz de inibir o efeito inflamatório dos pulmões. A vantagem em comparação ao Avigan é que o Alvesco não tem efeitos colaterais. 

Com tantas vítimas crescendo pelo mundo, tomara que encontrem logo o remédio certo! 

Em números

No Japão, o número de infecções pelo covid-19 passou pela primeira vez de mil, totalizando 1.015 casos até essa noite. O total de mortos subiu para 35. Confira as províncias com mais casos:

Na Itália, o número de mortes ultrapassou o da China hoje. Veja os 10 países mais afetados:O Brasil ocupa a 24ª posição no ranking mundial, com 647 casos e 7 mortos (taxa de mortalidade de 1,1%). Fonte: FastAlert/New Digest, 20 de março.

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