No dia 24 de maio de 1960, o Japão era atingido por um tsunami que se originou com o terremoto ocorrido no Chile um dia antes. 

O tsunami destruiu cerca de 5 mil casas entre as províncias de Iwate e Miyagi, e deixou 142 mortos e desaparecidos.

O terremoto ocorrido no Chile, de M9.5, liberou uma energia 5 vezes maior do que o terremoto de 11 de março de 2011, que devastou o Leste do Japão. Um total de 1.743 pessoas perderam a vida no Chile devido ao abalo e tsunami naquela época.

Do outro lado do mundo

O tsunami que originou no Chile chegou 15 horas depois no Havaí com ondas gigantes de 10 metros. No Japão, chegou cerca de 20 horas depois, depois de percorrer 17 mil quilômetros, a uma velocidade de 700 km/h.

Naquela época o Japão ainda não contava com recursos tecnológicos para antecipar tsunamis provocados em outros países. Quando as ondas chegaram, atingiram uma altura de 5 metros nos locais mais afetados. 

Da mesma forma que o Japão, o mar do Chile está localizado na junção de placas tectônicas que provocam grandes terremotos. 

Felizmente, a tecnologia para prever os tsunamis avançou bastante em comparação a 60 anos atrás.

Situação atual dos terremotos no Japão

Por falar nisso, recentemente o Japão vem registrando terremotos com mais frequência. Na última semana foram 11 tremores com intensidade (shindo) acima de 3 na escala japonesa de 7 pontos. As regiões de Nagano, Gifu e Amami são as mais atingidas.

Em Gifu já foram contabilizados cerca de 150 tremores com intensidade acima de 1 no último mês.

Já na Baía de Tokyo, os abalos começaram a ficar mais frequentes desde o dia 20, atingindo locais como Edogawa (Tokyo) e Ichihara (Chiba) com tremores de intensidade 2 na escala japonesa. 

O epicentro pode estar ligado à placa das Filipinas, próximo ao mar de Sagami. Nessa mesma região foi registrado um terremoto de M4.1, com intensidade 3 na escala japonesa, em 15 de março de 2011. Essa placa ficou mais ativa depois do Grande Terremoto do Leste do Japão de 11 de março de 2011. 

Essa mesma placa deu origem a outro abalo de M5.0 com epicentro a uma profundidade maior (50 a 100 quilômetros) em 1992 e 2015. Nesse último, o tremor chegou a alcançar 5 graus na escala japonesa em Chofu (Tokyo) e 4 graus nos 23 distritos da capital.

Sabemos que os terremotos são frequentes no Japão. Por isso é importante ter duas coisas em mente: preparo e disciplina. O objetivo deste post não é para despertar o medo, apenas informar sobre os fatos atuais e conscientizar sobre a importância da prevenção.

   

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