Uma equipe de especialistas do governo japonês acredita que o vídeo dos reféns japoneses pelo Estado Islâmico pode ter sido montado.

refens siria

A imagem mostra dois japoneses vestidos em vestes de cor laranja ajoelhados e um homem encapuzado entre eles. Os especialistas apontam detalhes artificiais como a fisionomia dos reféns e a posição das sombras.

Haruna Yukawa, em cena gravada na Síria. Imagens tiradas do Youtube

Haruna Yukawa, em cena gravada na Síria. Imagens tiradas do Youtube

No caso do jornalista freelancer Kenji Goto, há uma sombra na parte inferior à esquerda, enquanto a outra vítima, Haruna Yukawa, aparece com sombras na parte inferior esquerda.

O Estado Islâmico tem divulgado vários vídeos na internet com reféns. O primeiro foi em agosto de 2014, quando eles criticaram os bombardeios aéreos norte-americanos. O jornalista James Foley foi decapitado em frente às câmeras.

Em setembro, outro refém (inglês) foi decapitado. Em ambos os casos, as vítimas foram obrigadas a pronunciarem frases dizendo que seriam mortas devido à atitude dos líderes pelos seus países.

No vídeo dos reféns japoneses, eles não falaram nada. É a primeira vez também que o Estado Islâmico dá um período de “72 horas para um resgate”.  As imagens são do plantão da emissora FNN:

Cooperação no Oriente Médio

O vídeo divulgado no dia 20 coincidiu com a visita do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Oriente Médio. O premiê deve se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a quem deve pedir cooperação para o caso.

Abe declarou que está “indignado” com o ato. “Exijo que nenhum mal seja feito contra os reféns e que eles sejam liberados imediatamente”, disse. O governo já respondeu que não vai se curvar diante do terrorismo.

O porta-voz do governo, Yoshihide Suga, classificou a ação dos jihadistas como “imperdoável” e disse que tudo será feito para preservar a vida dos reféns. Ele informou que a autenticidade do vídeo está sendo verificada.

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