O pedido de libertação de uma terrorista em troca da vida do jornalista japonês Kenji Goto, capturado pelo grupo Estado Islâmico causa polêmica na Jordânia.

Repórteres cercam a Embaixada do Japão na Jordânia em busca de informações. Foto: Sankei

Repórteres cercam a Embaixada do Japão na Jordânia em busca de informações. Foto: Sankei

 

Desde o dia 24, quando foi divulgado o vídeo no qual Kenji informa que outro refém japonês, Haruna Yukawa, foi morto pelos radicais, e uma narração exige a libertação de uma mulher mulher bomba presa na Jordânia, a embaixada do Japão em Omã está rodeada de repórteres e cinegrafistas locais.

 

A iraquiana Sajida Mubarak Atrous al-Rishawi, presa na Jordânia desde 2005. Reprodução: The Independent

A iraquiana Sajida Mubarak Atrous al-Rishawi, presa na Jordânia desde 2005. Reprodução: The Independent

A mulher em questão se chama Sajida Mubarak Atrous al-Rishawi. Iraquiana, de cerca de 40 anos, ela cometeu uma série de três ataques a hotéis de Amã que mataram ao todo 60 pessoas.

 

Em novembro de 2005, Al-Rishawi vestia um cinto de bombas e deveria explodir durante uma cerimônia de casamento no hotel Raddison. Ela e o marido Ali Hussei Ali al-Shammari invadiram o hotel  mas apenas ele acionou as bombas. Trinta e oito pessoas morreram na ocasião. Detida, Al-Rishawi foi condenada à morte.

 

Ligação entre EI e Al-Qaeda

 

Segundo a CNN, o governo da Jordânia responsabilizou a Al-Qaeda do Iraque pela série de ataques na época. É possível que exista uma relação entre o chefe da Al Qaeda e a liderança do Estado Islâmico que justifique o pedido de troca. Segundo a CNN, a libertação de al-Rishawi pode ser parte da estratégia de propaganda do Estado Islâmico.

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