O epicentro do terremoto de M8.5 do dia 30 foi registrado a uma profundidade de 590 quilômetros, algo nunca visto antes em nenhuma parte do mundo.
A origem do terremoto foi um deslocamento brusco da Placa do Pacífico para baixo da Placa de Filipinas, onde está o arquipélago de Ogasawara (Tokyo). “Nunca se viu um deslocamento tão profundo”, disse o pesquisador do Instituto Geológico da Universidade de Tokyo, Naoshi Hirata.
A profundidade anormal dificultou o trabalho a Agência de Meteorologia para emitir o alerta para terremotos fortes antes deles acontecerem. Foi por esse motivo que os alarmes não dispararam nos celulares.
O aviso de tsunami também foi descartado porque não haveria possibilidade de haver alterações no nível do mar devido à profundidade do epicentro.
O terremoto do dia 30 também foi considerado “anormal” porque aconteceu dentro de uma placa, o que acabou ampliando a área de alcance para todo o Japão.
Em Ninomiya (Kanagawa) e algumas cidades de Saitama, o tremor alcançou o nível 5 na escala japonesa (shindo). Entre as regiões Kanto-Koshin e Shizuoka alcançou 4 e de Hokkaido a Okinawa foi sentido com menos intensidade, de 1 a 3.
Doze pessoas se feriram na região Kanto, ao caírem durante o terremoto, informou a Agência Nacional de Bombeiros.
O tremor afetou o sistema de transportes na região metropolitana de Tokyo. Cerca de 580 pessoas passaram a noite dentro dos trens da JR Tokai e milhares de passageiros foram prejudicados pelos atrasos.
Nos arranha-céus, como Roppongi Hills, Yokohama Landmark Tower e Tokyo Sky Tree, muitas pessoas ficaram presas temporariamente dentro dos elevadores ou nos corredores dos andares mais elevados.