Atsutoshi Yoshizawa, resgatado pelos vizinhos, em Hakuba (Nagano). Foto: Mainichi

Atsutoshi Yoshizawa, resgatado pelos vizinhos, em Hakuba (Nagano). Foto: Mainichi

Atsutoshi Yoshizawa, 80 anos, estava dormindo quando foi surpreendido pelo terremoto de M6.8 às 22h08 do dia 22. O teto desabou sobre ele e não podia se mover. Cego e surdo, Yoshizawa rezou para que alguém o salvasse. Do lado de fora, os vizinhos iluminavam o local com lanternas enquanto um grupo levantava o telhado com a ajuda de uma empilhadeira. Só ele sabe o tamanho da gratidão dedicada a todos que correram para ajudá-lo.

 

Menino de 2 anos resgatado de casa destruída em Hakuba. Foto: Asahi

Menino de 2 anos resgatado de casa destruída em Hakuba. Foto: Asahi

Na mesma cidade, um menino de 2 anos foi salvo dos escombros. A casa dele foi totalmente destruída no terremoto. Bombeiros e vizinhos fizeram uma fila para remover os destroços. Em meio à escuridão, o choro da criança guiava os trabalhos de resgate. Com ferramentas trazidas pelos vizinhos, os bombeiros conseguiram abrir um buraco nos entulhos e retirar a criança.

 

Outras três mulheres estavam presas nos escombros. Entre elas, a avó do menino, de 73 anos. “Baachan, shikkari shiro” (vovó, não perca as forças), gritavam cerca de 10 pessoas. Felizmente todos foram resgatados com vida.

 

FERIDOS SOBEM PARA 45

 

Bombeiros verificam se nenhuma vítima foi deixada para trás. Foto: Yomiuri

Bombeiros verificam se nenhuma vítima foi deixada para trás. Foto: Yomiuri

O forte terremoto de Nagano deixou 45 feridos. Nove em estado grave. Os dados foram atualizados pela Agência Nacional de Bombeiros do Japão, no dia 25.

 

Um total de 408 construções sofreram danos devido ao terremoto, que alcançou 6 graus na escala japonesa (shindo) nas cidades de Otari e Ogawa, em Nagano. Em Hakuba, 31 construções foram totalmente destruídas e 56 semidestruídas.

 

Com a previsão de chuva ou neve a partir da noite do dia 25, os moradores correm contra o tempo para resgatar os pertences e avaliar os danos. Muitas das vítimas são agricultores.

 

A Associação de Agricultores enviou hoje donativos como toalhas, copos de papel, escovas de dentes e artigos de primeira necessidade para 300 pessoas.

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