O caso do brasileiro que foi tratado com violência verbal em hospital de Iwata ganha repercussão na mídia local

 

“Kuso, shine” (merda, morra), disse um médico de cerca de 20 anos do Hospital Geral de Iwata, (Shizuoka) ao pai de uma menina que tinha sido levada de ambulância. O caso aconteceu em dezembro de 2014 mas ganhou repercussão nacional depois que o hospital admitiu a culpa. “Gostaríamos de explicar o que aconteceu”, disseram os responsáveis durante entrevista ao jornal Sankei.

 

Na madrugada do dia 24 de dezembro, os médicos de plantão atenderam a menina brasileira de 6 anos, que apresentava manchas nas pernas. O médico achou que o caso não era urgente e informou ao pai para voltar no dia seguinte, no horário normal.

 

Inconformado, o pai, Temoteo Dorgival – pastor, residente em Kikugawa – discutiu com o médico que pronunciou um “shine” (morra) durante a discussão.

 

“Não dava para conversar direito porque ele não entendia bem o japonês, então me irritei e acabei soltando. Haviam outros pacientes à espera e estava nervoso. Não foi com intenção de discriminação”, confessou o médico ao Sankei e Chunichi. Outra filha do pastor que estava junto, revelou ao pai que o médico tinha dito os palavrões.

 

Um dos vídeos divulgados pelo pastor, mostra ele dizendo em japonês: “estou preocupado. Se voltar e acontecer algo, o que vou fazer? E se ela morrer?”. Os vídeos não mostram o médico falando a expressão “kuso shine”, mas ele e outros funcionários do hospital aparecem se curvando e pedindo desculpas.

 

 

A menina de 6 anos foi depois atendida em um hospital de Hamamatsu, onde foi diagnosticada com uma infecção alérgica nas artérias. Ficou internada durante três dias.

 

 

 

 

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