Desde setembro, o governo havia feito três pedidos para que o jornalista Kenji Goto não viajasse à Síria.

O jornalista Kenji Goto, no último vídeo, ao tentar resgatar o amigo: “aconteça o que acontecer, a responsabilidade é minha”

O jornalista Kenji Goto, no último vídeo, ao tentar resgatar o amigo: “aconteça o que acontecer, a responsabilidade é minha”

Uma reportagem publicada pela agência Jiji Press revelou que entre setembro e outubro do ano passado, representantes do governo japonês haviam entrado em contato com o jornalista Kenji Goto, durante três ocasiões para pedir que o mesmo cancelasse sua viagem marcada para a Síria por motivos de segurança. Os dois primeiros contatos foram por telefone e em outubro, o Ministério das Relações Exteriores havia enviado pessoalmente um funcionário para conversar com Kenji.

Sem mudar de ideia, o jornalista viajou no mesmo mês. No dia 1º de novembro, a família comunicou à Chancelaria que estava sem contato com Kenji, que estava na Síria, onde foi capturado pelos radicais do grupo Estado Islâmico e decapitado mais tarde.

Em relação a outro empresário japonês que havia sido capturado antes pelo EI, o governo japonês não tinha informações.

Em outra reportagem, a NHK informou que segundo testemunhas, Kenji teria sido levado para a fronteira da Síria com a Turquia no dia 29 de janeiro, data em que o EI havia estipulado para a troca de reféns. O japonês seria trocado pela terrorista iraquiana Sajida al-Rishawi, mas a Jordânia impôs a condição de que um piloto jordaniano fosse libertado com vida.

 

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