Último censo revela que a população encolheu pela primeira vez desde o início dessas estatísticas, em 1920
População cresce em Tokyo mas diminui nas áreas rurais. Foto: enjoytokyo.jp
Em números exatos, o Japão registrou 947 mil pessoas a menos no último censo demográfico. Até outubro de 2015 o país tinha 127,1 milhões de habitantes, ou seja, uma queda de 0,7% em comparação ao censo anterior de 2010.
A queda populacional é a primeira registrada no censo, desde o início dessas estatísticas, em 1920. E nos faz lembrar que estamos diante de um dos países que mais rapidamente encolhem no mundo.
Mais idosos, menos bebês
A queda já era esperada. Entre os motivos, estão a queda da taxa de natalidade e escassez de imigrantes.
A isso, se soma o rápido aumento da população idosa, que contribui para a estagnação da economia e crescentes custos de saúde pública.
A população japonesa começou a diminuir em 2004 e atualmente é o país que mais rápido envelhece no mundo.
Mais de 22% dos japoneses têm hoje 65 anos ou mais, segundo o censo realizado pelo governo. Para 2060 o número de habitantes deve reduzir para 87 milhões, dos quais quase 40% estarão na idade da aposentadoria.
“É necessário estabelecer uma estrutura social para conter a queda”, disse Yoshihide Suga, secretário-geral do Gabinete.
Qual a taxa de natalidade do Japão?
No Japão, a taxa de natalidade é de 1,4 filho por mulher. As economias mais avançadas estabelecem uma taxa de 2,1 filhos para conseguir uma estabilidade demográfica.
Uma das medidas tomadas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe foi criar o novo Ministério “dos 100 milhões de cidadãos ativos”, que tem como objetivo elevar a taxa de natalidade para 1,8. Abe também prometeu melhorar os incentivos fiscais e cuidados infantis.
Nos Estados Unidos, a taxa de natalidade é notavelmente baixa, se igualando ao Japão, mas o país recebe mais de 1 milhão de imigrantes por ano e é um dos que mais crescem democraticamente no mundo.