Policiais que investigaram homem acusado de estupro em Toyama serão indiciados

 

Hiroshi Yanagihara, à direita, durante entrevista coletiva, em Toyama. Foto: Mainichi

Hiroshi Yanagihara, à direita, durante entrevista coletiva, em Toyama. Foto: Mainichi

Quatro policiais que participaram das investigações de dois casos de estupro em Himi (Toyama) serão indiciados no dia 26. Em março de 2002, o taxista Hiroshi Yanagihara foi detido sob suspeita de tentativa de violentar uma estudante de 16 anos. Dois meses depois, ele foi acusado de outro caso de estupro contra uma menor.

 

Yanagihara passou dois anos na prisão mas foi inocentado depois que a polícia prendeu outro homem que assumiu os crimes. O outro homem, de 51 anos, confessou a autoria de 14 casos de estupro e foi sentenciado a 25 anos de prisão.

 

Na ocasião, a Polícia de Toyama pediu perdão à família de Yanagihara e um novo julgamento concluiu que o acusado era na verdade inocente.

 

A prisão de Yanagihara, na época com 34 anos, foi motivada porque as vítimas afirmaram que “era parecido com o agressor”. O resultado do exame de laboratório encomendado pela Polícia de Himi não afirmava que as amostras de coletadas coincidiam em 100% com o suspeito.

 

O grupo que apoia Yanagihara pedirá uma indenização de ¥ 100 milhões (R$ 2,21 milhões) ao governo central e à província. Dois policiais foram formalmente acusados de elaborar uma falsa confissão do suspeito.

 

[box] Como se diz em japonês?

  • Falsa acusação de crime de estupro: goukan enzai (強姦冤罪)
  • Inocente: muzai (無罪) ou mujitsu (無実)
  • Confissão: jihaku (自白) [/box]

 

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