Alojamento em Aso, onde 12 estudantes foram soterrados. Foto: Asahi
Tomoyuki Washizu, 22 anos, estudante do terceiro ano de Agronomia da Universidade Tokai, estava deitado na cama quando foi surpreendido pelo terremoto na madrugada do dia 16. Ao ouvir um estrondo, a luz se apagou e ele desmaiou. Ao acordar, viu que estava preso, com o teto do quarto sobre seu nariz.
Desabrigados em Kumamoto pedem água. Foto: Jiji Press
Sem poder sair do local, usou o celular que estava na sua mão para se despedir dos pais e do irmão. “Obrigado por tudo. Acho que não dá mais”, escreveu ele.
Do lado de fora, alguém começou a gritar o nome dele. Em pouco tempo, foi resgatado dos escombros pelos bombeiros. “As esperanças voltaram quando ouvi meu nome”, disse ele ao ser resgatado.
Junto com Washizu, outros 11 estudantes foram retirados dos escombros do alojamento em Aso (Kumamoto) que desabou durante o terremoto na madrugada do dia 16. Eles se encontravam no primeiro andar do prédio que ficou completamente esmagado pelo segundo andar. Uma das vítimas foi levada ao hospital com parada cardíaca.
Cena em Mashiki, no dia 16. Foto: Sankei
Desde o início da série de terremotos em Kumamoto no dia 14, o número de mortos chegou a 37 pessoas. Mais de 2 mil se feriram só nessa madrugada.
Os abalos destruíram várias construções, estradas e pontes. As equipes de resgate continuam as buscas pelos desaparecidos.
Cerca de 170 mil moradores estão alojados nos abrigos de emergência em 12 cidades de Kumamoto e Oita, devido aos riscos de desabamentos e a previsão de chuva forte.
Uma frente de chuva prevista para atingir Kyushu pode aumentar os riscos de desabamentos nos locais onde o solo está instável devido aos terremotos.