Base aliada do Partido Liberal Democrata conseguiu manter dois terços no Parlamento

Gráfico do jornal Mainichi: coalizão de Abe conseguiu 326 das 474 vagas à Câmara Baixa

Gráfico do jornal Mainichi: coalizão de Abe conseguiu 326 das 475 vagas à Câmara Baixa

A coalizão do primeiro-ministro Shinzo Abe venceu as eleições para a Câmara Baixa no dia 14. O Partido Liberal Democrata (PLD), de Abe, elegeu mais de 291 parlamentares, de um total de 475 assentos. Considerando os votos obtidos pelo partido Komei, a coalizão conseguiu 326 cadeiras, garantindo a ‘supermaioria’ de dois terços do Parlamento.

O Partido Democrático, da oposição, conseguiu aumentar de 62 para 73 cadeiras, mas o líder, Banri Kaieda, não conseguiu se reeleger, tendo que se demitir do cargo.

O primeiro-ministro convocou eleições antecipadas como forma de garantir a permanência no cargo. O pleito foi visto como uma espécie de referendo sobre a política Abenomics. Apesar da queda dos índices de popularidade do premiê e da recessão econômica, a expectativa já era de vitória do partido governista diante da falta de alternativas viáveis na oposição.

“Sei que muitas pessoas ainda não estão sentindo os benefícios da Abenomics. Mas é minha tarefa levar os benefícios para essas pessoas”, disse Abe ao se reeleger. Foto: Reuters

“Sei que muitas pessoas ainda não estão sentindo os benefícios da Abenomics. Mas é minha tarefa levar os benefícios para essas pessoas”, disse Abe ao se reeleger. Foto: Reuters

O baixo comparecimento às urnas foi outro destaque nessas eleições. A expectativa é que o índice de comparecimento fique em 52,4%, um recorde negativo no país. Além das condições climáticas, a insatisfação com a campanha de Abe pode ter feito muitos eleitores ficarem em casa.

Com a maioria renovada, o premiê deve decidir agora como usar seu capital político. Em entrevistas, Abe afirmou que a prioridade de seu novo mandato será a economia do país.

A economia do Japão entrou em recessão após encolher 0,5% no terceiro trimestre. O impacto mais imediato do resultado das eleições deverá ser o adiamento do aumento de impostos sobre o consumo. Previsto para outubro deste ano, o aumento deve ser adiado até abril de 2017.

Outra promessa do primeiro-ministro é cortar a taxa de impostos incidente sobre as empresas de 36% para menos de 30%, o que deve impulsionar diretamente os lucros das empresas. Abe afirmou que vai enfrentar também outras questões centrais no governo, como a segurança nacional. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, espera que o premiê seja capaz de aprovar uma série de projetos de lei para expandir o papel militar do Japão.

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