À esquerda, carne de baleia frita, e à direita, curry com carne de baleia. Foto: Sankei

À esquerda, carne de baleia frita, e à direita, curry com carne de baleia. Foto: Sankei

O Partido Liberal Democrático (Jimintou ou Jiyu Minshu-tou) está servindo carne de baleia no refeitório do partido, em Nagata-cho, Tokyo. No dia 19 o parlamentar Toshihiro Nikai, de Wakayama, foi o primeiro a espetar a carne de baleia frita no garfo.

Em meio às críticas internacionais, Nikai explicou ao repórter do jornal Sankei que o gesto era uma forma de mostrar que o Japão tem o “costume” de comer carne de baleia. O parlamentar é representante de uma das principais províncias que caçam baleias.

A partir do dia 22 o refeitório passa a servir curry com carne de baleia diariamente e todas as sextas-feiras será servido um prato extra com essa carne.

“A carne de baleia não pode faltar na nossa alimentação. Quando os países (as pessoas) que falam coisas estranhas vierem ao Japão nós vamos fazer comer bastante carne de baleia”, disse Nikai, levantando a primeira garfada.

O parlamentar Toshihiro Nikai (com o garfo levantado) e à sua direita, Shunichi Suzuki, o presidente da Federação de Caça às Baleias. Foto: Sankei

O parlamentar Toshihiro Nikai (com o garfo levantado) e à sua direita, Shunichi Suzuki, o presidente da Federação de Caça às Baleias. Foto: Sankei

Japão voltará a caçar baleias

Contrariando as ordens da Comissão Internacional de Baleias (IWC, na sigla em inglês), o Japão anunciou que voltará a caçar baleias na Antártida no ano que vem.

A Comissão havia decidido, através de uma resolução, que a caça japonesa não tem propósitos de pesquisa – e portanto não é justificável. O Secretário de Gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse que a decisão da IWC foi “lamentável”.

Segundo o Tribunal de Justiça da ONU, o Japão já capturou cerca de 3.600 baleias minke desde que o seu programa atual de caça começou, em 2005. O governo japonês enfrentou uma revolta global e recebeu reclamações inclusive de Estados Unidos e Austrália, dizendo que o programa é uma “fachada para a caça comercial”.

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