Japão discute criação de lei que propõe uma tarifa para o uso da ambulância

Foto: Sankei

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Para ter uma ideia do uso das ambulâncias no Japão, basta conferir as estatísticas divulgadas pela Agência de Bombeiros: em 2015 elas foram acionadas em 5,91 milhões de casos. Um número cerca de 20% maior em comparação ao ano anterior e que continua crescendo.

Professor Masanori Niimi. Foto: Sankei

Professor Masanori Niimi. Foto: Sankei

O que chama a atenção é que cerca da metade dos casos envolviam pacientes com sintomas leves que não necessitariam de um atendimento emergencial. Casos que acabam prejudicando a vida de quem realmente precisam de ajuda.

Na opinião do professor Masanori Niimi, da Universidade Teikyo (Tokyo), “há um limite” para a teoria da benevolência humana. Entre os exemplos negativos estão o de pacientes que chamam a ambulância quando estão bêbados ou acham que o veículo é um meio de transporte como táxi.

Professor Jugo Hanai. Foto: Sankei

Professor Jugo Hanai. Foto: Sankei

Niimi é a favor da cobrança de uma tarifa de até ¥ 30 mil para aqueles que chamam a ambulância por trote ou sem necessidade. “Mas quando os médicos atestam que o paciente realmente precisava de atendimento emergencial, aí sim deveria ser gratuito”, explicou o professor em entrevista ao jornal Sankei.

Já o diretor da NPO Network Iryou to Jinken, Jugo Hanai, é contra a ideia de uma tarifa para a chamada das ambulâncias. “Já fui socorrido três vezes e sou grato por salvarem a minha vida. O Japão deve ter orgulho do seu sistema de discagem do 119 (bombeiros e ambulância) e 110 (polícia) gratuitos. A população tem o direito de pedir por socorro quando precisa”. Na opinião de Hanai, a cobrança de uma tarifa pode inibir as pessoas que precisam de ajuda e acarretar riscos à saúde e à vida.

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